Ele anunciou a novidade ao ‘Observatório da Mobilidade’ durante a parada da regata Volvo Ocean Race, em Itajaí (SC), na semana passada.
Pimenta ressaltou, porém, que o risco de acidentes é um dos fatores que ainda atrasam a aprovação da tecnologia.
“Estamos terminando todos os testes e desenvolvimentos que vão anular qualquer risco”, garantiu.
Apesar disso, a direção espelhada também é vista como uma vantagem para a segurança viária, já que, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), cerca de 80% dos acidentes em estradas são causados por falhas humanas.
Segundo o executivo, o conceito já foi parcialmente testado nos caminhões e automóveis da marca na Suécia. Com o piloto automático, um caminhão segue o outro e os motoristas de trás só comandam a direção.
A Volvo também fez experimentos com uma fileira de carros sendo conduzida por um caminhão. A diferença para o modelo desenvolvido para ônibus é que a tecnologia Platoon vai dispensar a presença do motorista no segundo veículo.
O sistema de refrigeração de ônibus biarticulados iguais aos que rodam no BRT Transoeste também está sendo aprimorado. A empresa, que testa dois veículos no corredor, reestudou o sistema na fabricação dos carros novos. “Em até três meses, os veículos estarão aprovados e o Rio pode decidir como fazer”, afirmou Pimenta.
Veículos híbridos para a cidade
Enquanto os testes já realizados com ônibus 100% elétricos no Rio confirmaram que a tecnologia limpa ainda é economicamente inviável para operação comercial, a Volvo deve demonstrar a performance de seu modelo híbrido na cidade ainda este ano em linha não definida.
Os híbridos geram a energia que consomem através do sistema de frenagem e economizam até 35% de combustível. Andam 20km no modo elétrico, nas arrancadas, e depois passam a consumir diesel.
Em Bogotá, na Colômbia, o Consórcio Express del Futuro colocou 177 híbridos em operação no corredor Transmilênio no último ano, reduzindo 84% da emissão de material particulado na atmosfera . Segundo Marcela Betancourt, diretora da empresa, apesar de esses ônibus custarem 50% mais caro que os convencionais, os subsídios oferecidos pela Colômbia deixam o preço só 30% mais alto.
A capital colombiana dá desconto de 5% sobre o imposto de importação e exclui o imposto sobre vendas. No Brasil, o único incentivo oferecido é carência de dois anos para financiamento.
Fonte: O Dia
Publicado em 27/04/2015 no Blog do Caminhoneiro.